sábado, 29 de março de 2008

Contabilidade e Escrituração

Inventário não é o mesmo que balanço.
Balanço não é o mesmo que inventário.
Já o vimos em outras oportunidades.
Contabilidade e Escrituração não são, também, a mesma coisa.
Contabilidade é a ciência. Estuda o patrimônio á disposição das aziendas.
O seu objeto é o patrimônio e o fim o governo do patrimônio.
São as lições de Vincenzo Mais, em Ragioneria Generale, que equivale a: Contabilidade Geral.
D´Álvisse, da Universidade de Pádua, em citação do emérito Carlos de Carvalho, referindo-se á contabilidade, escreveu: “Não são poucos os que adotam este vocábulo no sentido de registro ou escrituração (registrazione o escritture di ragioneria). Mas semelhante significação de contabilidade não é a principal e nenhum escritor de autoridade jamais ousou dar ao vocábulo tal significação no momento importante da definição da matéria de estudo.”
O certo é que a contabilidade é a teoria que dá os princípios gerais e imutáveis da escrituração dos fatos administrativos e suas conseqüências.
A Escrituração é a prática, - e a aplicação desses princípios a cada patrimônio, a cada empresa, segundo seu caráter e suas condições particulares.
È a representação gráfica dos fatos administrativos e dos efeitos que os mesmos produzem sobre o patrimônio.
Se ela resolve os problemas que dizem respeito ao patrimônio, como de fato resolve, grande é a sua utilidade.
A Escrituração relata no dia-a-dia a história da azienda, com palavras e números.
Ettore Mondini define a escrituração: “É uma série de memórias escritas dos fatos administrativos e de suas conseqüências; a sua característica principal é a integridade, – isto é, ela deve conter tudo quanto se faz preciso para uma história clara e exata de cada exercício- nem mais e nem menos.”
Nos levantamentos patrimoniais primitivos as quantidades eram indicadas com a utilização de gravetos, dos dedos, das conchas. A linguagem escrita existente na civilização assírio-babilônica, 3.000 anos antes de Cristo, era representada por figuras de coisas reais, como o olho, boca, animais, plantas etc. Os indus escreviam em folhas de palmeiras. Os romanos, inicialmente, sobre tecido ibérico; os alemães, e outros povos, em madeira. Outros povos, especialmente os orientais, usaram a argila cozida. O pergaminho foi usado pelo rei de Pérgamo, na Ásia Menor e o papiro no Egito e na Grécia. Os fenícios, na sua evolução, registravam os seus atos e fatos - as contas -, através de sinais, em tijolos de argila, e os numeravam, guardando-os em “bibliotecas”. Na maioria das nações, nos tempos primitivos, os governantes, em sua maioria - reis, príncipes e imperadores - eram totalmente analfabetos.

Nenhum comentário: